O impasse sobre a indenização para as vítimas do rompimento da barragem de Algodões ainda não foi
resolvido. Ontem representantes da Emgerpi, Secretaria de Assistência Social e Cidadania (Sasc), da Defesa Civil e do Ministério Público Estadual se reuniram com a Associação das Vítimas da Barragem de Algodões I (Avaba) para discutir o assunto.
O Governo estadual deveria apresentar ao Ministério Público uma proposta para pagamento de indenizações por danos morais e materiais às vítimas do rompimento da barragem, ocorrido em maio de 2009 e que provocou a morte de nove pessoas e desabrigou centenas de pessoas. Porém, segundo a promotora da cidade de Buriti dos Lopes, Francineide Sousa Silva, o Governo prefere aguardar a decisão do julgamento da ação judicial.
?O procurador-geral do Estado disse que o Estado vai aguardar a Justiça porque não tem condições
financeiras para atender as propostas das vítimas?, disse a promotora. O valor proposto chega a R$ 20,6 milhões para as 1.032 famílias atingidas. Em reunião no último dia 13 de janeiro, o representante do Estado, procurador Kildere Ronne, alegou que não seria possível pagar uma indenização genérica a todos e se comprometeu a apresentar uma proposta levando em conta o prejuízo de cada família.
O Ministério Público decidiu ainda pedir a antecipação do julgamento da ação e o pagamento imediato de pensão alimentícia às famílias. A juíza de Cocal, Maria do Perpétuo Socorro Ivani de Vasconcelos, atendendo ao pedido do Ministério Público, concedeu liminar obrigando o Estado a pagar alimentos provisionais a 224 famílias. Esta decisão foi confirmada pelo Tribunal de Justiça, que estendeu às famílias de Buriti dos Lopes.