O incêndio do edifício Joelma, no centro de São Paulo, completa 40 anos neste sábado. O maior incêndio da história de São Paulo deixou 191 mortos, mais de 300 feridos e uma ferida na metrópole que passou a olhar com mais atenção para a segurança em edifícios em caso de incêndios.
Tudo começou com um curto-circuito em um aparelho de ar-condicionado localizado no 12º andar do prédio, por volta das 9h do dia 1º de fevereiro de 1974. Em poucos minutos, os materiais inflamáveis do prédio provocaram a propagação imediata das chamas, atingindo os demais andares, até o topo do edifício.
As escadas de emergência, no centro do prédio, logo ficaram intransitáveis por causa da fumaça e das chamas que tomaram conta de praticamente todo o edifício. O que se viu nas horas seguintes parecia uma operação de guerra.
Mudanças na lei
O episódio causou um grande impacto na cidade, tanto que em pouco tempo, a administração municipal propôs uma mudança radical na fiscalização dos prédios em construção. A partir de então, São Paulo teria uma regulação mais detalhada sobre a prevenção de tragédias como a que assolou o Joelma.
Mistério
A morte de quase 200 pessoas de forma tão violenta também fez aparecer lendas urbanas e histórias sobrenaturais envolvendo os espíritos das pessoas que morreram no incêndio. A história do terreno do Edifício Joelma já é carregada de muitos mistérios, desde o século XVIII, quando escravos supostamente seriam castigados e mortos no local.
Mais tarde, em 1948, após uma sério de mortes o terreno passou a ser conhecido como o local do Crime do Poço e, após o incêndio, relatos de eventos sobrenaturais tomaram conta do que hoje é chamado de Edifício Praça da Bandeira.
Sobreviventes
O Terra conversou com um sobrevivente do incêndio. Hiroshi Shimuta relata como escapou das chamas no 22º andar do prédio e como o trauma do incêndio ficou em sua memória.