O incêndio que destruiu a Favela Diogo Pires, no Jaguaré, em São Paulo, na noite de domingo (11), pode ter sido causado por problemas elétricos. Apesar da suspeita dos bombeiros e da perícia, o laudo oficial só deve sair em 30 dias. Quase mil pessoas ficaram desabrigadas após o fogo atingir o local.
Na manhã desta segunda-feira (12), diversas famílias voltaram ao local para tentar recuperar os pertences deixados em casa. No total, 85 homens do Corpo de Bombeiros e 27 carros participaram do combate ao fogo. Quatro pessoas tiveram intoxicação, foram socorridas pelos bombeiros e depois liberadas. O fogo começou em dois barracos bem no centro da favela, e se espalhou rapidamente.
O calor do fogo foi tanto que, em uma oficina que consertava bicicletas, toda a borracha do pneu das bicicletas foi derretida e o ferro ficou retorcido. O prejuízo foi grande, e muitas pessoas perderam tudo – documento, dinheiro, pertences, eletrodomésticos. Os últimos focos de fogo só foram extintos já durante a madrugada. Quando puderam voltar ao local, muitas famílias não encontraram mais nada.
Segundo a Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social, 232 famílias ficaram desabrigadas. Entretanto, apenas sete pessoas aceitaram ir para abrigos da prefeitura. As outras preferiram ir para a casa de amigos e parentes, ou montar acampamento em frente ao terreno atingido.
“Estamos em um dilema, estamos em uma área particular, uma ocupação relativamente nova. A partir de amanhã provavelmente as secretarias vão estudar como melhor proceder comas famílias”, disse Nelson Suguieda, coordenador da Defesa Civil Durante a madrugada, a prefeitura cadastrou as famílias e entregou para cada uma um kit emergencial com colchão, cobertor e uma cesta básica.
No total, foram distribuídas 232 cestas, 644 colchões e 694 cobertores. A favela já teve 600 barracos instalados. Recentemente, 300 famílias foram retiradas do local e levadas para um conjunto habitacional.