O incêndio no Parque Nacional do Itatiaia (PNI), iniciado na sexta-feira, 14 de junho, requer esforços de combate em algumas áreas dos 300 hectares afetados. O Ministério Público Federal (MPF) recebeu 20 representações sobre o incidente, levando à abertura da Notícia de Fato 1.30.008.000051/2024-52, sob a responsabilidade da procuradora Izabella Brant. O MPF está coletando elementos iniciais para possíveis investigações cíveis e criminais.
Apurações
Segundo o MPF, estão sendo realizadas apurações administrativas pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e pela Academia Militar das Agulhas Negras (Aman). O prazo para a tramitação da notícia de fato é de 30 dias, podendo resultar na instauração de inquérito civil e procedimento de apuração criminal.
Foco controlado
A administração do PNI informou que o último foco ativo do incêndio está controlado, mas ainda não extinto. No local, 21 combatentes do ICMBio e do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro continuam trabalhando. A Academia Militar das Agulhas Negras, envolvida no incidente, admitiu que o fogo começou durante uma atividade com 415 cadetes, embora as causas exatas ainda sejam desconhecidas.
Operação
O Corpo de Bombeiros, representado pelo major Fábio Contreiras, relatou que, após oito dias de operação, o incêndio na região da Parte Alta do parque permanece controlado, com um foco remanescente na Serrilha dos Cristais. A estratégia atual envolve especialistas em salvamento em montanha e combate a incêndios florestais, além do uso de helicópteros para monitoramento e lançamento de água.
Visitas suspensas
As visitas à Parte Alta do PNI estão suspensas até domingo, 23 de junho, quando uma nova avaliação será feita para decidir sobre a reabertura ao público. O Parque Nacional do Itatiaia, o primeiro do Brasil, completou 87 anos no dia 14 de junho, data de início do incêndio. O parque protege uma área significativa da Mata Atlântica na Serra da Mantiqueira e recebe cerca de 150 mil visitantes por ano.
Fogo
Incêndios anteriores já afetaram gravemente o PNI. Em 1963, o maior incêndio da história do parque durou 35 dias e consumiu 4 mil hectares. Outros grandes incêndios ocorreram em 1988, 2001, 2007 e 2010, destruindo milhares de hectares da vegetação protegida. (Com informações da Agência Brasil)