Bombeiros e equipes de resgate da Austrália trabalham exaustivamente para localizar os corpos das vítimas do pior incêndio da história do país. O número de mortos já chegou a 131 nesta segunda-feira (9) e ainda há dezenas de desaparecidos.
"Todos se foram, todos. Suas casas se foram. Eles estão mortos dentro das casas, todos mortos", disse chorando à agência de notícias Reuters o sobrevivente Christopher Harvey, de Kinglake.
"Não existem palavras para descrever o que aconteceu a não ser um assassinato em massa", disse na TV o primeiro-ministro Kevin Rudd. "O número de mortos nos deixa sem palavras... e eu temo que irá aumentar". Ele anunciou uma ajuda imediata de US$ 7 milhões (cerca de R$ 15,8 milhões).
Centenas de bombeiros voluntários continuam tentando apagar os cerca de 30 focos de incêndio que persistem em Victoria, segundo autoridades. Segundo a polícia, ainda há áreas queimadas que não foram inspecionadas e é provável que o número de mortes aumente.
O calor de cerca de 47 graus Celsius combinado com os ventos favorece o fogo. O último incêndio trágico da Austrália aconteceu em 1983, quando 75 pessoas morreram e 3 mil casas foram destruídas em Victoria e South Australia.
A polícia afirmou que corpos foram achados em carros em pelo menos dois locais, o que indica que as pessoas estavam tentando fugir de casa quando foram pegas pelo fogo.
O ministro da Saúde da Austrália, Daniel Andrews, disse que 78 pessoas foram internadas com queimaduras.