Especialistas do N?cleo de Meteorologia da Universidade Estadual do Maranh?o (Uema) alertam para o perigo da queda de raios nesta ?poca do ano, provocados pela atua??o intensa da Zona de Converg?ncia Intertropical, que continua estacionada sobre a Linha do Equador, influenciando tais fen?menos na Ilha de S?o Lu?s. Essas descargas el?tricas t?m causado s?rios preju?zos em bairros da capital. Ter?a-feira ?ltima, no Anil, diversos moradores tiveram aparelhos eletroeletr?nicos danificados devido ? queda de raios.
Segundo a meteorologista Rochelle Monteiro, a Zona de Converg?ncia Intertropical est? ativa sobre a Linha do Equador e a Ilha de S?o Lu?s, fato que propicia a forma??o de fen?menos como tempestades, chuvas fortes, raios e rel?mpagos. No entanto, ela disse que os raios tamb?m podem cair apenas com a forma??o de nuvens, mesmo sem estar chovendo.
?A Zona de Converg?ncia Intertropical traz nuvens do tipo c?mulo nimbus, que s?o nuvens de tempestades e podem originar raios, como ocorreu ter?a-feira, mesmo sem estar chovendo?, frisou Rochelle Monteiro.
De acordo com a especialista, quando a nuvem se torna excessivamente carregada, ocorre uma descarga el?trica sob a forma de uma grande fa?sca, que recebe o nome de raio. A luz que acompanha o raio, o rel?mpago, ? resultado da ioniza??o do ar. O som produzido pelo forte aquecimento do ar e sua brusca expans?o ? o trov?o.
O processo de descarga el?trica, segundo ela, ocorre numa sucess?o muita r?pida. Inicia-se com uma descarga denominada l?der, que parte da nuvem at? atingir o solo, seguindo trajet?rias irregulares ? procura de caminhos que conduzam melhor a eletricidade, a descarga l?der tem a forma de uma ?rvore invertida.
Atrav?s desses mesmos caminhos, ocorre outra descarga el?trica de grande luminosidade, que parte do solo e atinge a nuvem e ? denominada descarga principal. O processo pode acontecer repetidas vezes, num intervalo de tempo extremamente pequeno.