Os britânicos Tina, 37, e Andrew Baldwin, 31, completarão dez anos de casados em setembro. A comemoração não iria muito além do ?feliz bodas de zinco? não fosse pela forma como o romance começou: entediada e sozinha em casa em fevereiro de 2000, Tina enviou um torpedo a um número desconhecido. A mensagem (algo como ?a fim de conversar??) foi parar no celular de Andrew recebeu a mensagem de texto e respondeu.
A origem insólita do romance garantiu que a década de casamento fosse além das bodas de zinco, ganhando destaque em um grande jornal e um contrato de venda da história a uma revista britânica. No saldo do relacionamento também entram Kai, 4, e Courtney, 7. Tina já tinha Liam, hoje com 16, quando mandou o torpedo.
Questionada se a tecnologia foi a responsável pela união do casal, a esteticista afirmou: ?Definitivamente. Sem essa mensagem enviada pelo telefone eu nunca teria conhecido Andrew, que morava a 140 milhas [cerca de 225 km] da minha casa?. Na época, eles ainda não usavam a internet, ferramenta que deu origem a diversos outros encontros ?armados pelo destino?, como ela define.
Seja ou não coisa do destino, foi Tina quem digitou e enviou a mensagem. E por que isso? ?A ideia veio do nada, foi a primeira vez que fiz algo do tipo. Não tenho explicação, mas fui lá e fiz. Acho que era para acontecer, eu tinha de encontrar quem encontrei.?
Quando viu o convite para uma conversa na tela do celular, o técnico em computação Andrew teve dúvidas, mas respondeu.
Eles começaram a trocar mensagens e, logo no dia seguinte, passaram para o telefone. Mais três meses de conversa telefônica -- que custaram ?uma fortuna? -- e os dois decidiram se encontrar pessoalmente em Yeovi,cidade dela. Por questão de segurança, Andrew (de Hemel Hempstead) foi até o pub combinado com o tio, Tina foi com uma amiga. Três meses depois do encontro pessoal e seis meses depois do primeiro torpedo, Andrew mudou-se para a casa de Tina. Após um ano, em setembro de 2001, eles se casaram.
Tina conta que os dois ainda trocam mensagens de texto sobre ?coisas pequenas, nada muito importante?. E reconhece que teria mais cautela caso sua história acontecesse hoje. ?Tem muita gente esquisita na internet, em quem não podemos confiar. Se fosse hoje, talvez eu esperaria mais tempo até conhecê-lo pessoalmente. Ficou mais difícil confiar nas pessoas.?