O lançamento da Campanha de Vacinação contra a Poliomielite ou Paralisia Infantil acontece hoje, 15, na Unidade Básica de Saúde (UBS) do Bairro Angelim. No primeiro dia de vacinação, chamado Dia D, serão 59 salas de vacinação em todas as regiões da capital: 23 na zona Norte da cidade, 19 nas regiões Leste e Sudeste e 17 na Sul. Além disso, ocorre também a Campanha Nacional de Multivacinação.
Em Teresina, a meta é vacinar um total de 55.435 crianças de seis meses a menor de cinco anos de idade até 31 de agosto. A expectativa é que sejam vacinadas 6.678 crianças de seis meses; 13.853 crianças de um ano; 11.855 crianças de dois anos; 11.751 crianças de três anos e 11.765 crianças de quatro anos. Ao longo da campanha, serão disponibilizadas 104 salas de vacinação.
Segundo Amariles Borba, diretora de Vigilância em Saúde da FMS, a Campanha de Vacinação é a principal maneira de combater o vírus da poliomielite nas crianças, o que causa a paralisia infantil. “Há 25 anos não temos casos registrados de poliomielite, já em outros países ainda há casos. Há possibilidades deste vírus selvagem chegar ao Brasil. E a maneira de combater a poliomielite é ter 98% das crianças vacinadas com três doses e um reforço. Assim, queremos proporcionar toda a chance de vida plena às crianças, respeitando todo o seu potencial genético”, esclarece.
Na ocasião, as crianças vão participar também da Campanha Nacional de Multivacinação, em que serão aplicadas as doses vacinais em atraso na Caderneta de Vacina. A diretora de Vigilância em Saúde da FMS chama a atenção dos pais ou responsáveis para a importância de atualizar as doses. “Precisamos vacinar, já que a criança de seis meses a cinco anos não pode ir voluntariamente tomar a vacina, tem que ser levada por alguém e esse alguém são os pais ou responsáveis. Levar a criança para se vacinar é um ato de cidadania. Não podemos negar isso a elas”, pontua.
Apesar de mais de duas décadas extinta do país, ainda é possível encontrarmos pessoas que foram vítimas da poliomielite, por não terem tomado a vacina. Como é o caso do paratleta de basquete, Deleon Gomes, que alerta aos pais sobre as consequências da paralisia infantil.
“Eu sou vítima de poliomielite. Então, os pais devem levar as crianças a se vacinarem. Se meus pais tivessem me levado, provavelmente não teria esse problema que hoje tenho. É uma campanha muito séria. Para que no futuro não sejam impedidos de realizar qualquer atividade”, alerta o paratleta, que é medalhista de prata no Campeonato Nordestino.