O capitão Carmos, comandante da Companhia Independente de Policiamento Escolar (CIPE) informou em entrevista ao programa Crime e Castigo, da TV Jornal que a Companhia vai apresentar um plano de segurança onde os integrantes das escolas serão capacitados para saber o que fazerem em momentos de possíveis ataques a essas unidades no Piauí.
“O perigo já existe precisamos mudar o comportamento para evitar os riscos, fizemos uma capacitação para os gestores sobre o risco escolar orientando os gestores, controle do acesso, trato com aluno, para que evitasse um conflito. Esse ano vamos estar apresentando um plano de segurança onde nós vamos capacitar cada integrante das escolas, o que fazer caso isso aconteça. Eu estive em novembro em Minas Gerais para participar de uma formação já com base nesse protocolo americano e ali nós desenvolvemos um plano e vamos trabalhar nas escolas onde vamos orientar cada integrante na escola para saber o que fazer nesse momento”, declarou.
O capitão afirmou ainda que os pais precisam acompanhar os filhos na escola e participar de todo o processo. “A Polícia Militar está na ponta do iceberg. Antes de chegar na aplicação da força de segurança tem todos os outros, inicia inclusive na célula da sociedade chamada família que é onde é o nascedouro desses fatos. Agora pouco eu estava em uma escola ministrando uma formação para os pais, chamando os pais para participar desse processo também, fazendo que eles percebam que seus filhos são o maior patrimônio que eles têm e eles precisam monitorar esse patrimônio, precisam saber como o filho está circulando na sociedade, sobretudo uma sociedade multicultural que é a sociedade escolar onde eles precisam socializar, onde é o espaço para vivenciar seus aprendizados, acompanhar diariamente a sua rotina na escola. E alguns relatos que nós ouvimos é que há incômodos de alguns pais quando são chamados nas escolas”, disse.
Segundo o capitão, a competência da companhia é estadual e atua especialmente nas escolas públicas e privadas quando solicitado. “Em Teresina nós assistimos em torno de 375 escolas, nós temos um policiamento de blitz escolar onde nós fazemos um monitoramento da entrada e saída das escolas, também fazemos na comunidade escolar que envolve o entorno, como por exemplo, estabelecimento que está vendendo drogas, álcool para menores. Nós fazemos todo esse monitoramento, em seguida nós adentramos a escola para assessorar, levando orientação de segurança, apresento ao gestor os passos que ele pode trabalhar, que pode minimizar indisciplina”, declarou.
“O pai conhece o filho em casa, mas na escola não e as vezes ele se recusa a conhecer o filho na escola, nos estamos produzindo material, conversando com os pais para orientar como eles devem acompanhar e monitorar os filhos. O filho que tem esse tipo de atitude o pai não toma conhecimento? E quando tomou conhecimento quais as providências ele tomou como pai? Não é só esperar do Estado, da escola”, finalizou.