As Forças Militares da Colômbia informaram nesta sexta-feira (09) que após 40 dias de buscas foram encontradas na floresta amazônica colombiana 3 crianças e 1 bebê, que sobreviveram à um acidente aéreo ocorrido no dia 01º de maio. As buscas estavam sendo realizadas por cerca de 120 militares do Comando de Forças Especiais das Forças Armadas, além de 73 indígenas, numa operação que foi denominada de ‘Operação Esperança’.
As crianças estavam num avião Cessna, junto com mais três adultos, que morreram no acidente, ocorrido num trecho bastante fechado da Amazônia colombiana, entre as localidades de Guaviare e Caquetá. O presidente colombiano Gustavo Petro postou em suas redes sociais uma foto do grupo responsável por encontrar as crianças, prestando os primeiros cuidados e escreveu uma mensagem. “Uma alegria para todo o país! As 4 crianças que se perderam há 40 dias na selva colombiana apareceram vivas”, disse.
De acordo com o portal colombiano El Tiempo as crianças foram encontradas desnutridas e com sinais de picadas de insetos, mas um helicóptero foi enviado para levá-las até San José del Guaviare, onde um grupo de médicos militares já as esperava para prestarem os primeiros cuidados.
As três crianças e o bebê são irmãos, da etnia uitoto. Elas têm, 13, 09, 04 anos, e o bebê, completou um ano, durante o período em que estava perdido na selva. Os nomes delas são Lesly Mucutuy, de 13 anos, Soleiny Mucutuy, de 9 anos, Tien Mucutuy, de 4 anos e Cristin Mucutuy, de 1 ano. As crianças foram encontradas a cerca de 5 quilômetros do local da queda do avião.
A avó das crianças, María Fátima Valencia, relatou a angustia que viveu durante esses últimos 40 dias, sem notícia do paradeiro nos netos. “Nunca perdi a esperança, sempre estive apoiando a busca. Me sinto muito feliz, agradeço ao presidente Petro e aos meus compatriotas que passaram por tantas dificuldades”, disse.
A Organização Nacional dos Povos Indígenas da Amazônia (OPIAC) postou em suas redes sociais uma mensagem de agradecimento às Forças Armadas da Colômbia pela busca incessante pelas quatro crianças na selva, em parceria com grupos indígenas locais.
“Agrademos ao pai criador, aos irmãos indígenas, às forças militares e às organizações que apoiaram a busca. A sobrevivência das crianças é uma mostra do conhecimento e relacionamento com o meio natural da vida, que nos é ensinado desde o ventre da mãe", escreveu a entidade em sua conta no Twitter.