Um jovem de 15 anos foi morto a tiros na frente da família, na Síria, acusado de blasfêmia contra Maomé, o profeta da religião islâmica.
O adolescente, que trabalhava vendendo café, foi sequestrado por rebeldes sírios e torturado antes de ser assassinado no meio da rua, segundo reportagem do jornal britânico The Sun.
O crime de Muhammad al Qatta foi dizer a um cliente que não lhe daria uma bebida de graça, "mesmo que Maomé volte à Terra".
O Observatório Sírio dos Direitos Humanos registrou os detalhes chocantes da morte do jovem.
A organização, que tem observadores em Aleppo, confirma que o assassinato aconteceu em uma rua movimentada e com a presença de uma multidão, incluindo os pais da vítima.
Depois de atirar na cabeça e no pescoço do adolescente, os rebeldes afirmaram que qualquer outra pessoa flagrada praticando blasfêmia teria o mesmo destino, ainda que a frase dita pelo acusado fosse comumente usada em dialeto sírio. O que explicaria a ação violenta, explica a reportagem, seria o fato de o rebelde assassino pertencer a uma outra região do país, que fala outro dialeto árabe, o que teria tornado a ofensa grave.
Uma fotografia que mostra o rosto do rapaz mutilado foi postada na página do Observatório Sírio dos Direitos Humanos no Facebook, além de um vídeo com os familiares de Muhammad al Qatta chorando, onde a mãe do jovem diz que "seu sangue correu na minha frente", em imagens bastante chocantes.