Após a derrocada do EI em 2017 no Oriente Médio, grupos de militantes islâmicos se voltaram cada vez mais para a África, onde governos fragilizados nem sempre conseguem combater a sua influência.
Grupos jihajistas tentam dominar diversas regiões de diferentes países — como Mali, Niger, Burkina Faso, Somália, Congo e Moçambique. Em Moçambique, acredita-se que uma milícia na região de Cabo Delgado tenha ligações com o grupo do EI.
Cabo Delgado possui ricas reservas de gás natural offshore que estão sendo exploradas em colaboração com empresas multinacionais de energia. Mas altos níveis de pobreza e disputas sobre acesso à terra e empregos fazem com que muitos decidam se juntar às milícias islâmicas.
Os ataques de grupos militantes aumentaram significativamente no ano passado. Grupos de direitos humanos dizem que houve extensa destruição em todo o norte de Moçambique pelos militantes, com relatos de assassinatos, decapitações e sequestros. Em um incidente, 50 pessoas foram decapitadas em um campo de futebol em um fim de semana.