Americano finge a própria morte para recomeçar vida na Europa, mas retorna após se arrepender

Ryan Borgwardt, de 45 anos, voltou para os Estados Unidos no dia 10 de dezembro após ter fingido a própria morte para recomeçar a vida na Europa Oriental.

Homem que fingiu a própria morte para recomeçar a vida na Europa Oriental retornou de forma voluntária aos EUA | Green Lake County Sheriff Office via AP
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Um homem de Wisconsin, nos Estados Unidos, que havia fingido a própria morte, por afogamento, deixando sua esposa e três filhos para trás para viver uma nova vida na Europa Oriental, retornou voluntariamente aos EUA após cerca de quatro meses. Ryan Borgwardt, de 45 anos, voltou para os Estados Unidos no dia 10 de dezembro e está atualmente sob custódia das autoridades.

O xerife do condado de Green Lake, Mark Podoll, revelou que Borgwardt decidiu retornar sozinho por causa de sua família. Durante uma breve coletiva de imprensa, Podoll expressou alívio pela volta do homem e disse que a polícia estava “puxando-o pelo coração” para voltar para casa: "podemos ficar aliviados". Borgwardt desembarcou na terça-feira (10) nos EUA e foi imediatamente detido, aguardando sua audiência no tribunal. O xerife mencionou que foram recomendadas várias acusações contra ele, incluindo obstrução de Justiça. 

DESAPARECIMENTO E FARSA DO AFOGAMENTO

Borgwardt havia desaparecido em meados de agosto, após simular sua morte em um incidente de afogamento. Ele viajou para Green Lake, a cerca de 80 km de sua casa em Watertown, onde virou seu caiaque, abandonou seu telefone e remou para a costa em um barco inflável. Após esse suposto afogamento, ele seguiu um percurso improvável: andou de bicicleta elétrica por cerca de 110 km até Madison, seguiu para Detroit, foi para o Canadá e, finalmente, pegou um avião para a Europa.

INVESTIGAÇÕES E PLANO DE FUGA

Uma análise de um laptop encontrado revelou que Borgwardt havia planejado sua fuga com antecedência. O dispositivo foi limpo e seu disco rígido substituído no dia do desaparecimento. Além disso, foram encontrados registros de comunicações com uma mulher do Uzbequistão, fotos de passaporte e detalhes sobre transferências financeiras para bancos estrangeiros. Também foi descoberto que Borgwardt havia feito uma apólice de seguro de vida no valor de US$ 375 mil (cerca de R$ 2,26 milhões) em janeiro.

TRÊS MESES DESAPARECIDO

Após três meses de desaparecimento, Borgwardt finalmente entrou em contato com as autoridades em 11 de novembro. Ele enviou um vídeo, no qual aparecia vestido com uma camiseta laranja e sem sorrir, em que mostrava seu apartamento, mas sem revelar sua localização. A busca por Borgwardt, que durou mais de um mês, custou aos cofres públicos pelo menos US$ 35 mil (aproximadamente R$ 210 mil). O xerife revelou que Borgwardt não esperava que a busca durasse mais de duas semanas. 

Borgwardt está agora sob custódia aguardando as acusações que podem ser formalizadas em breve. O xerife não entrou em detalhes sobre como a comunicação com Borgwardt se intensificou, mas deixou claro que o retorno do homem foi um momento de alívio para as autoridades e para sua família.

Com informações da AP via g1

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