Sally Ride foi a primeira mulher norte-americana no espaço e um exemplo para mulheres em toda parte. Mas um grupo teve que esperar até a sua morte esta semana para considerá-la um membro: a comunidade gay.
Em uma declaração preparada antes de sua morte na segunda-feira (25), de câncer pancreático, Sally, 61 anos, admitiu publicamente pela primeira vez que tinha um relacionamento de longa data com uma mulher, Tam O"Shaughnessy, que era sua parceira nos negócios, na escrita da ciência e na vida.
O site da astronauta, Sally Ride Science, lista O"Shaughnessy, companheira dela por quase 30 anos, como uma sobrevivente.
"A maioria das pessoas não sabia que Sally mantinha um relacionamento maravilhosamente amoroso com Tam O"Shaughnessy havia 27 anos", escreveu a irmã de Sally em uma homenagem publicada no MSNBC.com.
"Sally nunca escondeu seu relacionamento com Tam. Elas eram companheiras, parceiras de negócios na Sally Ride Science, escreveram livros em conjunto, e os amigos muito próximos de Sally, é claro, sabiam do amor de uma para a outra", afirmou Bear Ride. "Nós consideramos Tam um membro da nossa família", disse ela.
Entrou para a história
Sally conquistou seu lugar na história da exploração espacial em 18 de junho de 1983, quando foi ao espaço na missão STS-7 do ônibus espacial Challenger, com quatro companheiros homens. Antes dela, somente as soviéticas Valentina Tereshkova e Svetlana Savitskaya haviam tido essa oportunidade.
Ela fez um segundo voo, um ano depois, e em seguida, participou do painel que investigou o desastre do Challenger em 1986. Ela deixou a NASA em 1987. Nascida em 1951 em Encino, Califórnia, a ex-astronauta era física por formação e chegou à Nasa por meio de um anúncio da agência procurando por novos colaboradores.