A autópsia realizada por Israel no corpo de Yahya Sinwar, líder do Hamas, confirmou que o tiro fatal que o matou atingiu sua cabeça. Sinwar já havia sido ferido previamente no braço durante um confronto com soldados israelenses na cidade de Rafah, no sul de Gaza. O líder do grupo terrorista estava envolvido em um tiroteio que durou horas, conforme relatado pelo Exército israelense.
O que aconteceu
O confronto teve início quando uma unidade de comandantes em treinamento encontrou um grupo de militantes, sem saber que entre eles estava Sinwar. Dois militantes fugiram para um prédio, enquanto Sinwar entrou em outro, onde ocorreu a troca de tiros. Durante o tiroteio, ele foi atingido por estilhaços, possivelmente de um pequeno míssil ou projétil de tanque, ferindo seu braço direito.
Tentativa
De acordo com o diretor do instituto forense nacional de Israel, Chen Kugel, que supervisionou a autópsia, Sinwar tentou estancar o sangramento com um torniquete improvisado feito de um cabo elétrico, mas o método foi ineficaz. Kugel acrescentou que o antebraço de Sinwar havia sido esmagado durante o confronto, agravando sua condição.
Captura
Um drone israelense capturou imagens do prédio onde Sinwar se abrigou, mostrando os últimos momentos antes de sua morte. No vídeo, o líder do Hamas aparece coberto de poeira, sentado em uma cadeira, e observa o drone por cerca de 20 segundos antes de lançar um objeto em sua direção. As Forças de Defesa de Israel identificaram o homem como Sinwar, mas o New York Times não pôde verificar independentemente a identidade do indivíduo.
Confirmação
O corpo de Sinwar foi encontrado nos escombros do prédio na manhã seguinte, após a estrutura ter desabado parcialmente devido ao bombardeio israelense. Soldados no local notaram a semelhança entre o cadáver e o líder do Hamas, e cortaram um de seus dedos para confirmar sua identidade.
Como estava Sinwar
Segundo Kugel, Sinwar apresentava sinais de estar em boa forma física, pesando mais de 68 kg, sem indícios de desnutrição, o que condiz com sua presença nas redes de túneis subterrâneos do Hamas.