Mediante um referendo realizado nesta terça-feira (8), os eleitores da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, aprovaram uma emenda à Constituição estadual que proíbe o casamento entre homossexuais.
Com mais de 64% da apuração concluída, a polêmica Emenda Um obteve 60% dos votos a favor e 40% contra, o que torna esse estado o 31º dos 50 do país a aprovar uma medida deste tipo.
Grupos pró e contra as uniões entre pessoas do mesmo sexo gastaram mais de US$ 3,5 milhões em suas respectivas campanhas, em um referendo que capturou a atenção nacional.
As organizações a favor da aprovação da emenda, a maioria religiosas, argumentam que esse é um assunto "moral e em nome de Deus", que procura preservar o núcleo familiar.
O resultado do referendo foi uma vitória para os setores mais conservadores do país, em um momento nos qual vem aumentando a pressão sobre o presidente americano, Barack Obama, para que esclareça se apoia ou não o casamento homossexual.
As dúvidas sobre a postura de Obama ressurgiram nas últimas semanas, quando restam seis meses para as eleições presidenciais, e com elas as especulações se o líder americano, se reeleito em novembro, dará seu apoio explícito ao casamento homossexual durante seu segundo mandato.
Em 2008, ainda como o candidato democrata à Presidência, Obama deu seu apoio às uniões civis entre pessoas do mesmo sexo, mas expressou sua oposição ao casamento.
No entanto, no final de 2010, Obama comentou que sua postura sobre o tema "estava evoluindo".
O casamento homossexual é legal nos estados de Nova York, Connecticut, Iowa, Massachusetts, New Hampshire e Vermont, assim como no Distrito de Columbia, ao qual pertence Washington, a capital do país. Além disso, no estado de Washington os casais do mesmo sexo poderão se casar a partir de 7 de junho, e o mesmo acontecerá em Maryland a partir de 2013.
Outros cinco estados - Delaware, Havaí, Illinois, Novo Jersey e Rhode Island - permitem uniões civis entre homossexuais.