A indicada para assumir o Ministério das Relações Exteriores da Argentina, Diana Mondino, declarou em entrevista à agência de notícias russa RIA Novosti que o país não buscará fortalecer laços com o Brasil e a China. Essa afirmação representa uma possível mudança na postura argentina, considerando que ambos os países são parceiros comerciais significativos para a Argentina.
Durante a campanha eleitoral, o presidente eleito Javier Milei expressou críticas e ataques ao Brasil e à China. Milei, por exemplo, rotulou o presidente Lula como "comunista", "ladrão" e "corrupto", e manifestou a intenção de não se encontrar com ele se fosse eleito. Além disso, o presidente eleito considerou o governo chinês como "assassino" e questionou a liberdade do povo chinês.
Apesar dessas declarações polêmicas, o Brasil descartou a possibilidade de rompimento de relações com a Argentina. O presidente Lula afirmou que a América do Sul está passando por "algumas confusões" e ressaltou a importância de manter uma relação republicana entre os países vizinhos.
É fundamental observar que as relações entre países são dinâmicas e sujeitas a mudanças, e declarações políticas nem sempre se traduzem diretamente em ações concretas. No entanto, a repercussão dessas declarações ressalta a atenção internacional sobre a evolução das relações diplomáticas na região.
Por fim, é necessário aguardar os desdobramentos concretos das ações do novo governo argentino para entender a real extensão das mudanças nas relações internacionais do país, especialmente no que diz respeito ao Brasil e à China.