Um ataque aéreo conduzido por Israel nas proximidades de Damasco, capital da Síria, resultou na morte de Sayyed Razi Mousavi, conselheiro da Guarda Revolucionária do Irã. De acordo com informações da Reuters, três fontes de segurança e a mídia estatal iraniana confirmaram o falecimento do general, cuja função era coordenar a aliança militar entre a Síria e o Irã.
A notícia foi transmitida pela televisão estatal iraniana, que interrompeu sua programação regular para anunciar a trágica perda, descrevendo Mousavi como um dos conselheiros mais antigos da Guarda na Síria. A TV estatal destacou sua conexão próxima com Qassem Soleimani, o ex-líder da Força Quds, morto em um ataque de drones dos EUA no Iraque em 2020.
Em resposta ao incidente, a Guarda Revolucionária do Irã emitiu um comunicado afirmando que Israel pagaria pelo assassinato de Mousavi, que detinha o posto de general de brigada na Guarda. O comunicado foi lido na TV estatal, onde a Guarda classificou o regime israelense como "usurpador e selvagem", assegurando que pagaria pelo ato.
Até o momento, as forças militares israelenses não se pronunciaram sobre o ocorrido. Vale ressaltar que este incidente adiciona uma nova camada de complexidade às tensões já existentes na região. Ao longo dos anos, Israel tem realizado ataques direcionados a o que descreve como alvos vinculados ao Irã na Síria, onde a influência de Teerã cresceu desde seu apoio ao presidente Bashar al-Assad durante a guerra síria iniciada em 2011.
Este episódio segue recentes declarações do Irã, que acusou Israel de matar dois membros da Guarda Revolucionária na Síria em ataques anteriores neste mês, ambos atuando como conselheiros militares no país.