Ataque em boate gay deixa 50 mortos e 53 feridos em Orlando

O agressor também morreu durante a troca de tiros com a polícia.

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Uma agência de notícias ligada ao Estado Islâmico disse que o ataque à boate gay de Orlando que deixou 50 mortos e 53 feridos neste domingo (12) foi realizado por um "guerreiro" do grupo extremista.

Não está claro, porém, se o grupo planejou os ataques ou qual é a relação do atirador com esses extremistas.

"O ataque armado que teve como alvo uma boate gay na cidade de Orlando no estado americano da Flórida que deixou mais de 100 pessoas mortas ou feridas foi realizada por um guerreiro do Estado Islâmico", diz o texto da agência jihadista Amaq.

O senador da Flórida Bill Nelson disse que não está confirmado que o grupo tenha assumido a responsabilidade pelo tiroteio. "A agência do Estado Islâmico acaba de soltar um comunicado que diz que é responsável. Isso ainda não foi confirmado", disse ele a repórteres. "Teremos que ver quais são essas conexões quando tivermos os detalhes."

Atualizado às 15h20

O presidente dos EUA Barack Obama fez um comunicado sobre o tiroteio que deixou 50 mortos na boate gay de Orlando na madrugada domingo (12). "Sabemos o suficiente para afirmar que este foi um ato de terror e de ódio", disse.

Ele disse que conversou com o prefeito de Orlando e lhe ofereceu condolências e ajuda. "Este é um dia triste para a comunidade LGBT", afirmou.

"Nenhum ato de terror pode mudar o que somos", disse o presidente.  "Diante do ódio e da violência, nós vamos amar uns aos outros. Não vamos nos render ao medo e nos virarmos uns contra os outros", disse ainda.

Atualizado às 14h40

Uma das testemunhas do tiroteio ocorrido na madrugada deste domingo em uma boate gay de Orlando, no Estado americano da Flórida, relembrou os momentos de terror que viveu após um homem abrir fogo no local.

"Me joguei no chão e me arrastei até o banheiro para sair pela porta dos fundos. Me deparei com um homem que havia sido baleado nas costas. Tirei minha bandana e fiz uma compressa para estancar o sangramento, mas ele não parava de sangrar. Então coloquei os braços dele ao redor dos meus ombros e o ajudei a sair de lá", contou Christopher Hansen.

"Ninguém sabia ao certo o que estava acontecendo porque havia três ambientes tocando músicas diferentes. Depois que saí da boate, ainda escutei disparos. Logo em seguida, os paramédicos chegaram. Vi corpos por toda a parte. No estacionamento, as pessoas foram marcadas com cores diferentes  - de modo que os paramédicos pudessem saber quem ajudar primeiro. Havia sangue por toda a parte", acrescentou ele.

Segundo as autoridades, 50 pessoas morreram. Outras 53 ficaram feridas, muitas em estado grave.

O suspeito do ataque foi identificado pela polícia como Omar Mateen. Filho de pais afegãos, Mateen é cidadão americano e natural de Port Saint Lucie, na Flórida. Ele foi morto em confronto com a polícia.

Autoridades de Orlando afirmaram na manhã deste domingo (12) que 50 pessoas morreram e outras 53 ficaram feridas no ataque a uma boate volta ao público LGBT em Orlando, na Flórida.

Ao lado de representantes da polícia local, FBI, médicos e um líder muçulmano, o prefeito da cidade, Buddy Dayer, lamentou dar a notícia de que o número de mortos dentro da casa noturna Pulse é maior que o estimado anteriormente.

“Depois que verificamos que não havia mais explosivos, conseguimos entrar e ver que o número de mortos era muito maior do que o que pensávamos”, explicou o chefe de polícia, John Mina.

O número de mortos faz do ataque o mais fatal decorrente de tiroteio em massa na história dos Estados Unidos, depois do massacre de 2007 na universidade Virginia Tech, que deixou 32 mortos, segundo a Reuters.

O agressor também morreu durante a troca de tiros com a polícia. O Itamaraty afirmou que, por enquanto, não há registro de brasileiros entre as vítimas.

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