Cinco pessoas, sendo dois soldados, morreram nas últimas 24 horas em uma série de ataques armados na região sul da Tailândia, assolada pelo conflito separatista muçulmano, informou a Polícia neste sábado.
Os militares - encarregados de escoltar os monges budistas que todas as manhãs pedem doações à população - foram assassinados a golpes de machete e seus corpos foram encontrados na província de Yala.
No local também foram encontrados os cadáveres de dois civis sem identificação.
Um deles vestia uma camiseta de um regimento local do Exército e o outro, um uniforme de uma escola muçulmana, segundo fontes policiais.
Além disso, um suposto guerrilheiro faleceu morreu na noite de sexta-feira após um tiroteio contra as tropas governamentais na vizinha província de Pattani, que feriu um soldado e um adolescente de 13 anos.
Os ataques com armas leves, assassinatos e explosivos acontecem quase diariamente em Pattani, Narathiwat e Yala, apesar dos 31 mil membros das forças de segurança destacados na região e da declaração de estado de exceção.
Quase 4.200 pessoas morreram devido à violência no sul da Tailândia desde que o movimento separatista islâmico retomou a luta armada, em janeiro de 2004.
A guerrilha denuncia a discriminação que sofre por parte da maioria budista do país e exige a criação de um estado islâmico que integre as três províncias de maioria muçulmana, que formavam o antigo sultanato de Pattani quando foram anexadas há um século pelo Reino de Siyam.