Ao menos 40 pessoas morreram e 170 ficaram feridas nesta quinta-feira (10), após duas explosões na zona de Qazaz, periferia de Damasco, informou a televisão estatal da Síria.
O número de vítimas ainda não é definitivo e pode aumentar.
O ataque está sendo considerado o mais violento desde o início da revolta contra o presidente Bashar al Assad, em março do ano passado, que já deixou mais de 11 mil mortos, em sua maioria civis, segundo avaliação da oposição.
Oito sacos estão cheios com restos humanos, informou a televisão citando o ministério da Saúde.
O governo e a oposição se acusam mutuamente pelos atentados, "os mais importantes na Síria desde o início da revolta" em março de 2011, segundo o opositor Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).
O atentado ocorreu perto de uma sede dos serviços de Inteligência, onde vários veículos foram incendiados.
Uma das explosões deixou um enorme buraco no solo.
A agência de notícias oficial "Sana" informou que os observadores da ONU inspecionaram o local onde aconteceram os dois ataques.
O chefe dos observadores da ONU na Síria, general Robert Mood, pediu ajuda internacional para conter a violência no país.
?Peço ajuda a todo o mundo na Síria e no exterior para deter a violência?, afirmou, ao chegar ao local do duplo atentado.
A Sana acrescentou que se trata de uma zona muito povoada da capital e que as explosões coincidiram com o momento em que diversos trabalhadores e estudantes se dirigiam a escritórios e escolas.
Os observadores se encontram na Síria para verificar o cumprimento do plano de paz da ONU que estipula, entre outras coisas, um cessar-fogo, em vigor desde 12 de abril.