Atirador de NY tinha sido demitido e matou ex-colega, diz polícia

Ele atirou na cabeça de uma ex-colega de trabalho.

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Pelo menos onze pessoas foram baleadas na manhã desta sexta-feira (24) durante um tiroteio em Nova York (EUA). Duas pessoas morreram e as outras nove ficaram feridas. Autoridades informaram que o atirador, identificado como Jeffrey Johnson, 53, foi demitido no ano passado da empresa Hazan Import Corp, onde trabalhava como designer de acessórios femininos, e estaria "descontente". Ele atirou na cabeça de uma ex-colega de trabalho, uma mulher de 41 anos cuja identidade não foi informada, antes de ser morto.

Os tiros aconteceram próximo à torre do Empire State, um dos principais pontos turísticos da ilha de Manhattan. Após atirar na ex-colega, Jeffrey Johnson tentou fugir e entrou em confronto com policiais, sendo então baleado. A arma utilizada pelo atirador era uma pistola semi-automática calibre 45, encontrada próxima ao seu corpo. No momento do crime, ele vestia terno e gravata e carregava uma pasta de executivo.

"Morreram o atirador e uma segunda pessoa, e outras nove ficaram feridas, algumas de forma acidental por disparos da polícia", disse o prefeito da cidade, Michael Bloomberg, em entrevista coletiva concedida ao lado do chefe da polícia de Nova York, Raymond Kelly. Algumas das vítimas foram encontradas dentro do saguão de entrada do Empire State e outras estavam caídas na rua. Segundo o prefeito, os feridos não correm risco de morte.

O tiroteio ocorreu no auge da temporada turística, do lado de fora de uma das atrações mais populares de Nova York, alarmando turistas e transeuntes em uma das regiões mais movimentadas da cidade. Os tiros começaram por volta das 9h locais (10h em Brasília) na rua 34 com a Quinta Avenida.

A presença maciça de policiais na área e o isolamento das ruas 32, 33 e 34 logo após ao crime provocou confusão no trânsito local. Helicópteros de emissoras de televisão sobrevoaram a área e mostraram o corpo do atirador coberto com um lençol branco.

Um porta-voz do FBI, J. Peter Donald, tranquilizou a população enfatizando que o tiroteio não tem conexão com um ato terrorista. A Casa Branca comunicou que o presidente Barack Obama estava acompanhando a situação. "O presidente foi colocado a par do tiroteio pouco depois das 09h30 por seu conselheiro de segurança doméstica, John Brennan", informou um porta-voz da presidência.

Em seu pronunciamento, o prefeito Michael Bloomberg lamentou o que chamou de "tragédia" e criticou, como faz regularmente, o grande número de armas de fogo em livre circulação.?Nova York é a metrópole mais segura neste país [EUA], mas nós não estamos imunes ao problema nacional da violência com uso de armas?, afirmou Bloomberg.

O Empire State voltou ao seu funcionamento normal no início da tarde desta quarta-feira (24).

Testemunhas

"Eu ouvi os tiros", disse à agência Reuters Dahlia Anister, 33, que trabalha em um escritório perto do prédio de 102 andares. "Foi tipo pou, pou, pou. Foi definitivamente em série."

?Estava sentada do lado de fora e ouvi três tiros, primeiro, e vi três pessoas correndo pela Park Avenue", contou uma mulher à rede CBS. ?Então, nós ouvimos de novo e foram 10 a 15 tiros de uma vez, e umas 50 pessoas passaram correndo."

?Comecei a ver carro de polícia descendo a Quinta Avenida e a rua 34, estava tudo fechado", disse outra testemunha ao canal.

A rede NBC informou que esse foi o segundo ataque nas proximidades. Em 1997, um homem de 69 anos abriu fogo no deck de observação do Empire State e deixou uma pessoa morta e seis feridas, para, em seguida, se matar com um tiro na cabeça. O atirador, Ali Abu Kamal, foi levado para o hospital e acabou morrendo mais de cinco horas depois.

O Empire State está entre os arranha-céus mais famosos do mundo. Todos os anos, cerca de quatro milhões de pessoas visitam os decks de observação no topo do edifício, que possui 442 metros de altura.

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