O movimento feminista Femen, nascido na Ucrânia e presente em múltiplos países europeus, anunciou nesta segunda-feira em sua página oficial a adesão de uma filial mexicana ao grupo.
"Meu nome é Gisela, tenho 24 anos e venho do México", disse a fundadora da filial mexicana em carta aberta divulgada no site. "Juntei-me ao Femen porque os meus seios pertencem a mim e posso fazer o que quiser com eles. Meu corpo não é mais erótico, é a minha arma política".
Gisela se diz contra a Igreja Católica, a quem acusa de impedir os avanços do país, e diz que as formas de protesto atualmente existentes no México advém de uma "estrutura disfuncional de partidos políticos". Ela se apresenta como uma alternativa de manifestação política. "O Femen quebra os moldes dos protestos tracionais", diz a jovem.
"Hoje, eu escolhi infligir o terrorismo sexual a todos que acreditam que não posso mostrar meus mamilos em um contexto político. Hoje eu escolho ser "sextremista" e usar meus seios como armas em protestos pacíficos com mensagens violentas e subversivas", conclui Gisela.
Não há informações sobre demais integrantes do grupo. O Femen teve uma filial no Brasil descontinuada neste ano por divergências com a matriz europeia.