A audiência preliminar sobre o naufrágio do cruzeiro Costa Concordia em frente à ilha italiana de Giglio, que deixou 25 mortos e sete desaparecidos, acontecerá neste sábado (3) em Grosseto, na Itália, mas sem a presença do principal acusado, o capitão Francesco Schettino.
A audiência, que será realizada a portas fechadas, acontecerá no Teatro Moderno Grosseto para que cerca de 800 pessoas, entre advogados, promotores e testemunhas, possam comparecer.
Promotores e os advogados dos nove investigados, assim como os representantes dos náufragos e da companhia Costa Cruzeiros, designarão os peritos para analisar o conteúdo da caixa-preta.
Além de Schettino, que responderá pelas acusações de homicídio, naufrágio e abandono de embarcação, a promotoria de Grosseto também investiga os oficiais Ciro Ambrosio, Andrea Bongiovanni, Roberto Bosio, Silvia Coronica e Salvatore Ursino.
Os promotores também investigam três dirigentes da Costa Cruzeiros: o vice-presidente executivo de operações da frota, Manfred Ursprunger, o chefe da Unidade de Crise, Roberto Ferrarini, e o superintendente da frota do navio, Paolo Parodi. Eles são suspeitos de homicídio culposo, naufrágio e omissão na comunicação às autoridades marítimas.
O Costa Concordia naufragou em 13 de janeiro quando viajava com 4.229 pessoas a bordo, próximo à ilha italiana de Giglio.
A companhia Costa Cruzeiro admitiu que o naufrágio ocorreu depois de Schettino, atualmente em prisão domiciliar, ter se aproximado da costa da ilha, ignorando a rota pré-estabelecida.