O número de mortes causadas pelos incêndios florestais no Chile aumentou para 112. As equipes de resgate continuam suas operações nesta segunda-feira (5). O presidente Gabriel Boric classificou a situação como uma "tragédia de grande magnitude". Este é o pior desastre natural no Chile desde 2010, quando um terremoto deixou cerca de 500 mortos.
Os incêndios florestais ganharam força na sexta-feira (2), atingindo particularmente as regiões turísticas de Viña del Mar e Valparaíso. Os fortes ventos complicaram os esforços de combate, permitindo que as chamas se espalhassem e destruíssem bairros inteiros.
"O vento estava terrível, o calor escaldante. Não houve trégua. As pessoas se dispersaram por toda parte", relatou Pedro Quezada, que teve sua casa destruída na região de Valparaíso. Segundo o Ministério do Interior, aproximadamente 14 mil residências foram danificadas apenas em Viña del Mar e Quilpué.
Em resposta à emergência, o governo implementou um toque de recolher a partir das 21h nas regiões mais afetadas. Militares foram convocados para auxiliar os bombeiros no combate às chamas. O presidente Boric destacou a importância da união para enfrentar a crise, afirmando: "Estamos juntos, todos nós, lutando contra a emergência. A prioridade é salvar vidas."