Um homem foi considerado culpado por ter colocado uma bomba acorrentada no pescoço de uma adolescente, em agosto do ano passado, na Austrália
Paul Douglas Peters, de 50 anos de idade, foi preso nos Estados Unidos e extraditado para a Austrália para ser julgado pelo incidente, considerado pelas autoridades como uma tentativa de extorsão junto à família da adolescente Madeleine Pulver.
Peters será sentenciado ainda este mês.
As acusações resultam de um verdadeiro calvário sofrido por Madeleine Pulver em 3 de agosto de 2011. Peters entrou no quarto da jovem, na época com 18 anos, em um subúrbio de Sydney, e atou uma suposta bomba ao pescoço dela.
Dez horas de agonia por falsa bomba
Um grupamento especial da polícia demorou 10 horas para remover a suposta bomba, antes de descobrir que não havia explosivos.
Peters, um bem-sucedido homem de negócios, foi preso mais tarde na casa da ex-mulher, em Louisville, Kentucky, Estados Unidos. Ele não tentou evitar a extradição, embora seu advogado tenha dito de antemão que o executivo negava as acusações.
O pai de Madeleine comemorou o resultado do julgamento, na corte de Parramatta Bail, em Sydney, onde as acusações de sequestro agravado por arrombamento e chantagem foram aceitas.
Peters não tentou a liberdade condicional e permaneceu detido desde que voltou à Austrália. Na saída do tribunal, a advogada do réu disse que Peters estava "profundamente arrependido".
"Estamos felizes com o resultado do julgamento. Nos sentimos confortados de saber que Maddie não terá que aceitar o estresse e a ansiedade de reviver aquela noite terrível", disse Bill Pulver, pai da menina ameaçada, à mídia australiana.
Os Pulvers haviam afirmado antes não entender o porquê de terem sido alvo de Peters, embora informações das autoridades sugiram que o criminoso trabalhou em uma empresa ligada à família da jovem ameaçada.