Autoridades divulgam foto do acidente aéreo que matou duas adolescentes

A NTSB (Agência Nacional de Segurança dos Transportes) dos EUA,divulgou nesta sexta-feira (12) a imagem do interior do avião.

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A NTSB (Agência Nacional de Segurança dos Transportes) dos EUA, responsável pela investigação do acidente aéreo que matou duas adolescentes chinesas e deixou 182 pessoas feridas no sábado (6) em San Francisco, divulgou nesta sexta-feira (12) a imagem do interior do avião. Na foto é possível ver os estragos causados pelo incêndio dentro de aeronave. 

O Boeing 777, da Asiana Airlines, após sair de Seul , na Coreia do Sul, caiu e pegou fogo ao tentar pousar no Aeroporto Internacional de San Francisco.

Testemunhas de acidente disseram que a cauda do avião parecia ter atingido a área próxima da pista, que se projeta para a baía de San Francisco.

A cauda saiu e o avião parecia saltar violentamente, espalhando um rastro de detritos, antes de parar na pista.

Fotos tiradas por sobreviventes imediatamente após o acidente mostraram passageiros saindo do avião e correndo para longe.

Um sobrevivente disse que o piloto parecia estar tentando ganhar altitude, pouco antes do acidente.

Os mortos são duas adolescentes chinesas que estavam na parte traseira da aeronave, de acordo com funcionários do governo em Seul e da Asiana.

A Asiana Airlines disse que não parecia que o acidente tivesse sido provocado por falha mecânica, sem, no entanto, responsabilizar o piloto ou apontar erro da torre de controle.

Os pilotos do Boeing 777 da Asiana Airlines, acidentado em San Francisco no último fim de semana, parecem não ter tido consciência de que o avião estava voando muito devagar até apenas alguns poucos segundos antes de pousar.

A diretora do NTSB, Deborah Hersman, disse na quinta-feira (11) que a análise dos gravadores de voz da cabine do piloto não mostrou qualquer conversa sobre velocidade durante a trágica aterrissagem até que o avião estivesse a apenas cem pés do solo.

Nove segundos antes do impacto, uma ação foi feita para aumentar a velocidade. Dois diferentes membros da cabine do piloto fizeram, então, pedidos para abortar a aterrissagem ? 3 segundos e 1,5 segundo antes do acidente, acrescentou Hersman.

"Não há menção à velocidade até pelo menos nove segundos até o impacto", afirmou a diretora.

Os primeiros elementos da investigação já haviam determinado que o aparelho voava muito devagar e a uma altitude muito baixa, quando se aproximava do aeroporto de San Francisco.

O piloto encarregado da aterrissagem, que estava em treinamento na condução do Boeing 777, assim como seu copiloto instrutor, que era supervisor nesse voo pela primeira vez, não usava os equipamentos de piloto automático. Segundo o NTSB, esses aparelhos funcionavam perfeitamente.

Os dados fornecidos pelas caixas-pretas mostraram que "não havia nenhum funcionamento anormal no piloto automático, tampouco na direção de voo, ou na aceleração automática", completou Hersman.

A diretora do NTSB também descartou sugestões de que uma "luz misteriosa" vista pelo piloto no momento do pouso tenha tido alguma influência no acidente.

"O piloto disse ao NTSB que a cerca de 500 pés ... ele viu um ponto brilhante fonte de luz que pode ter sido o reflexo do sol, mas ele não tem certeza", disse Hersman.

"Essa fonte de luz estava bem em frente do avião, mas não na pista. Ele rapidamente desviou da luz e, então, olhou para dentro da cabine e declarou que não achou que a luz pode ter afetado sua visão, porque ele conseguia ver os instrumentos de controle do voo e tinha condições de olhar para a velocidade naquela hora", completou.

"Nenhum dos outros dois membros da tripulação mencionou essa luz durante sua entrevista. E, na revisão do CVR (sigla em inglês para o gravador de voz da cabine), não há discussão sobre a luz", insistiu.

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