Um avião americano sem piloto matou neste domingo pelo menos sete militantes islamitas no Paquistão, segundo fontes oficiais, dias antes da visita do chefe do serviço de inteligência paquistanês a Washington, onde provavelmente abordará estes polêmicos ataques.
Os bombardeios dos aviões teleguiados americanos são muito criticados no Paquistão, cujas autoridades afirmam que essas aeronaves violam sua soberania e alimentam o ódio aos Estados Unidos. No entanto, as autoridades americanas consideram que esses ataques são muito importantes para que não sejam mais efetuados.
É muito provável que o diretor do serviço de inteligência paquistanês (ISI), tenente-general Zaheer ul Islam, se reúna em Washington com o diretor da Agência Central de Inteligência (CIA), general David Petraeus, durante sua passagem pelos Estados Unidos de 1º a 3 de agosto.
No ataque deste domingo, o segundo realizado durante o mês de jejum muçulmano do Ramadã, vários mísseis caíram sobre casas na aldeia de Khushhali Turikhel, no turbulento distrito tribal do Waziristão do Norte, na fronteira com o Afeganistão.
"Aviões teleguiados americanos dispararam seis mísseis contra um complexo de militantes. Pelo menos sete militantes morreram", declarou à AFP uma autoridade da segurança.
Altos funcionários locais dos serviços de inteligência confirmaram este ataque e o número de mortos.
Khushhali Turikhel fica localizada 35 km leste de Miranshah, principal cidade do Waziristão do Norte, uma região considerada um reduto dos militantes islamitas.