O julgamento previsto para a próxima semana do comandante Nidal Malik Hasan, acusado de matar 13 pessoas na base de Fort Hood, no Texas, foi suspenso nesta sexta-feira por um motivo inusitado: a barba do réu. O Tribunal de Apelação das Forças Armadas ordenou o adiamento do processo até resolver se Hassan pode ser obrigado a barbear-se para o julgamento, segundo um comunicado emitido hoje pela base.
Hasan é acusado pela corte marcial de abrir fogo indiscriminado na base de Fort Hood em novembro de 2009, em um ataque que matou 13 pessoas - 12 militares e um civil. O comandante americano de origem palestina enfrenta 13 acusações de homicídio premeditado e 32 acusações de tentativa de assassinato e corre o risco de ser condenado à pena de morte.
Impasse - Hasan, muçulmano praticante, deixou a barba crescer e se recusa a tirá-la voluntariamente, motivo pelo qual já foi multado em julho em mil dólares. O coronel Gregory Gross, o juiz da corte marcial, assinalou que a barba não obedece aos procedimentos da corte e acusou Hassan de desacato em cinco ocasiões durante as audiências prévias. O julgamento deveria começar na próxima segunda-feira, mas Gross indicou que Hasan terá que barbear-se para estar na corte, como ordena o regulamento, ou caso contrário terá que ser barbeado à força.