Nesta segunda-feira (8), a Rússia conduziu um dos ataques mais severos a Kiev desde o início da guerra, lançando uma série de mísseis que causaram cerca de 20 mortes e atingiram o hospital pediátrico Ohmatdyt, o maior da capital, que sofreu destruição parcial. Autoridades confirmaram que entre os mortos há crianças e que pessoas estão presas sob os escombros.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou que ainda não se sabe o número exato de vítimas e que todos estão ajudando a retirar os escombros. O prefeito de Kiev classificou o ataque como um dos piores à cidade em mais de dois anos de conflito, com a Rússia disparando mais de 40 mísseis.
OUTRAS CIDADES ATACADAS
Outras cidades também foram atacadas, como Dnipro, Sloviansk, Kramatorsk e a cidade-natal de Zelensky, Kryvyi Rih, onde 10 das 20 mortes ocorreram. Em Dnipro, um arranha-céu, uma empresa e um posto de gasolina foram atingidos, deixando feridos. Na região de Donetsk, pelo menos três pessoas morreram em Pokrovsk.
O Kremlin não comentou os bombardeios, mas costuma negar ataques a instalações civis. Andrei Yermak, chefe do gabinete presidencial ucraniano, destacou que o bombardeio afetou civis e infraestruturas e pediu uma resposta firme da comunidade internacional.
Zelensky solicitou aos aliados mais sistemas de defesa antiaérea e enfatizou que a Rússia deve ser responsabilizada por seus crimes, não podendo alegar ignorância sobre os alvos de seus mísseis.