Bombas explodem em duas embaixadas em Roma.Leia!

A polícia italiana realizou uma varredura em todas as representações diplomáticas da capital

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Pacotes-bomba deixados nas embaixadas da Suíça e do Chile em Roma, nesta quinta-feira, deixaram dois funcionários feridos e levaram à abertura imediata de investigações na Justiça italiana, que classificou o episódio como "um ataque com objetivos terroristas".

A polícia italiana realizou uma varredura em todas as representações diplomáticas da capital, e o prefeito indicou que os serviços de emergência foram colocados de prontidão.

"Isto é uma onda de terrorismo contra as embaixadas. É mais preocupante do que um ataque isolado", declarou Gianni Alemanno.

"As linhas internacionais de investigação estão sendo seguidas", acrescentou, sem dar mais detalhes.

Investigadores disseram ao jornal Corriere della Sera que uma das principais hipóteses levantadas é de que os agressores estejam ligados a "círculos anarquistas do movimento eco-terrorista".

Outra possibilidade mencionada pelos investigadores ao jornal é de que o ataque à embaixada suíça "tenha sido organizado por grupos insurgentes anarquistas".

O funcionário do correio suíço que abriu o primeiro pacote ficou gravemente ferido, mas o funcionário da embaixada chilena felizmente sofreu apenas lesões leves.

"Um artefato escondido dentro de um pacote explodiu na embaixada ao meio-dia (9h de Brasília)", indicou a representação diplomática suíça em um comunicado.

"O funcionário do correio teve as mãos feridas e foi imediatamente levado para o hospital".

O homem seria um cidadão suíço de 53 anos, que pode ter uma ou as duas mãos amputadas, mas não corre mais risco de vida.

Ainda de acordo com a embaixada, ninguém assumiu a autoria do atentado até este momento.

A polícia, os bombeiros e um esquadrão antibomba cercaram a embaixada, localizada a norte do centro de Roma. O mesmo esquema foi montado junto à representação chilena.

O governo chileno confirmou o atentado, acrescentando que o ataque foi com uma carta dirigida contra uma associação cultural.

O embaixador chileno na Itália, Oscar Godoy, também condenou o "ato de terrorismo irracional e brutal" que feriu César Mella, um funcionário administrativo.

A agência de notícias Ansa informou que um terceiro pacote-bomba foi encontrado na embaixada da Ucrânia, mas não chegou a explodir. Um porta-voz da polícia italiana, no entanto, disse à AFP que o terceiro artefato foi apenas um alarme falso.

"Expressamos nossa total solidariedade ao embaixador suíço e a todos os funcionários da representação diplomática, que foram alvo de um ato de violência deplorável que merece a mais firme condenação", declarou em um comunicado o ministro italiano das Relações Exteriores, Franco Frattini.

"Esperamos que o funcionário da embaixada ferido possa se recuperar completamente", acrescentou.

Na manhã desta quinta-feira, o governo italiano registrou dois alarmes falsos de bomba em seus escritórios romanos, um deles localizado no coração da capital.

O prefeito, no entanto, garantiu que não há nenhuma ligação entre os dois episódios.

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