De acordo com o jornal Guardian, o ex-primeiro ministro britânico Boris Johnson anunciou sua renúncia como deputado nesta sexta-feira. Como resultado dessa decisão, o Parlamento do Reino Unido passará por uma eleição suplementar imediata. A renúncia ocorre após o Comitê de Privilégios da Câmara dos Comuns concluir que Johnson enganou a casa e recomendar uma sanção de mais de 10 dias.
— É muito triste deixar o parlamento, pelo menos por enquanto. Mas, acima de tudo, estou perplexo e chocado por poder ser forçado a sair, de forma antidemocrática, por um comitê presidido e administrado por Harriet Harman, com um viés tão flagrante — afirmou Johnson ao jornal britânico Times.
Recentemente, Boris Johnson foi amplamente destacado devido ao escândalo do "partygate". Esse caso, que recebeu essa denominação em virtude das festas realizadas na residência oficial do governo durante as restrições impostas pela pandemia de Covid-19, desempenhou um papel significativo no desgaste político que levou à sua renúncia em julho do ano passado.
"Eles sabem perfeitamente que, quando falei na Câmara dos Comuns, estava dizendo o que acreditava sinceramente ser verdade e o que fui instruído a dizer, como qualquer outro ministro", disse Boris Johnson em sua carta de declaração.
“Eles sabem que corrigi o registro o mais rápido possível; e eles sabem que eu e todos os outros altos funcionários e ministros - incluindo o atual primeiro-ministro e então ocupante do mesmo prédio, Rishi Sunak - acreditávamos que estávamos trabalhando legalmente juntos", complementou o ex-primeiro ministro.