O Brasil apoia o envio de uma missão do Conselho de Direitos Humanos da ONU (CDH) à Síria para averiguar as mortes de civis pelas forças de segurança nos protestos contra o regime do ditador Bashar Assad, diz reportagem do jornal Folha de S. Paulo publicada nesta sexta-feira.
Um grupo de direitos humanos da Síria elevou ontem para 500 o número de mortos desde o início dos protestos, há seis semanas.
Uma sessão especial do conselho foi convocada para hoje, em meio à divisão dos países-membros entre uma condenação dura, proposta pelos EUA e pelos aliados europeus, e uma resolução menos incisiva, como defendem os países islâmicos.
O Brasil avalia que a Síria merece uma condenação, mas defende que seja aprovada uma posição intermediária entre as defendidas pelos dois grupos.
Segundo a embaixadora do Brasil na ONU em Genebra (responsável pelo CDH), Maria Nazareth Farani Azevêdo, o país prefere uma "abordagem gradual".
O envio de uma missão à Síria chefiada pela alta comissária de Direitos Humanos da ONU, Navi Pillay, seria um começo apropriado, acredita a embaixadora.
Há alguns dias, Pillay emitiu comunicado com duras críticas à violência do regime sírio. "A comunidade internacional exortou o governo sírio repetidas vezes a que pare de matar seu próprio povo, mas os nossos apelos não foram ouvidos", afirmou a comissária.