Câmeras térmicas, um alarme acionado acidentalmente, a mordida de um cão farejador e até mesmo a ocorrência de raios foram apenas alguns dos elementos surpreendentes presentes nas últimas horas da megaoperação da polícia da Pensilvânia para capturar Danilo Cavalcante. Esse brasileiro estava condenado à prisão perpétua e havia fugido da prisão nos Estados Unidos, tornando a operação repleta de acontecimentos incomuns.
Cavalcante, que estava condenado pelo assassinato de sua ex-namorada Débora Evangelista Brandão, estava em fuga desde o dia 31 de agosto, quando conseguiu evadir-se da prisão escalando as paredes. No entanto, ele foi capturado na manhã desta quarta-feira (13).
A parte final da operação que culminou na prisão de Danilo Cavalcante teve início com a ativação acidental do alarme de uma propriedade. O alarme sonoro soou durante a madrugada, dentro da área onde aproximadamente 500 policiais estavam envolvidos nas buscas.
Embora os policiais não tenham encontrado nada suspeito na propriedade em questão, essa ocorrência levou a operação a concentrar seus esforços nessa região. Aviões, helicópteros, equipes em solo e cães farejadores foram mobilizados para esse ponto, dando início a uma busca mais intensiva.
Uma das aeronaves utilizadas na megaoperação de busca pelo brasileiro tinha embutida câmeras térmicas, que detectam o calor humano. Uma das câmera mostrou um ponto suspeito em uma área de vegetação baixa. Novamente, a operação se focou nesse ponto.
Mas outro fator inesperado mudou os rumos outra vez: uma forte tempestade, com muitos raios, atingiu a região. O avião com câmeras térmicas teve então de recuar e pousar de volta em uma base. Equipes em terra também se mantiveram em um local seguro, mas outras aeronaves monitoraram o entorno para evitar uma fuga.
Rapidamente, homens em terra cercaram o local, junto de cães farejadores. Lá, cães de patrulha e policiais em terra confirmaram a hipótese e encontraram Cavalcante, por volta das 08h no horário local (09h no horário de Brasília).
Cavalcante foi preso em uma área de floresta perto do South Coventry, onde se suspeitava que ele estava desde terça-feira (12). Ele estava embaixo de uma pilha de madeira, e só se deu conta da presença policial quando já estava cercado.