Os brasileiros que optaram por viver em Portugal estão desempenhando um papel crucial no sustento da Previdência Social do país. Em 2023, os imigrantes arrecadaram mais de 1 bilhão de euros (aproximadamente R$ 6,2 bilhões), representando 35,9% do total das contribuições dos trabalhadores estrangeiros. Este valor é 57% maior do que em 2022, refletindo um crescimento significativo e a importância da mão de obra brasileira na economia portuguesa. As informações são do Público.
Os brasileiros têm se destacado como fundamentais para a sustentabilidade da Previdência de Portugal, com um recorde de contribuições em 2023. De acordo com dados do Ministério do Trabalho e Solidariedade, os imigrantes brasileiros arrecadaram 1,033 bilhão de euros (aproximadamente R$ 6,2 bilhões) aos cofres públicos, representando uma expressiva 57% a mais do que no ano anterior.
Cada 100 euros recolhidos dos trabalhadores estrangeiros à Segurança Social em Portugal provêm de brasileiros, que contribuem com 35,9 euros (R$ 215,4) por cada euro arrecadado. Este cenário reflete não apenas a presença significativa da comunidade brasileira no país, mas também a necessidade crescente de mão de obra em um contexto demográfico desafiador.
A economista Sandra Utsumi, diretora executiva do Haitong Bank, ressalta que os trabalhadores estrangeiros estão suprindo a escassez de mão de obra. "Os portugueses estão envelhecendo e se aposentando, mas o número de trabalhadores em idade ativa não é suficiente para manter a base de contribuintes", explica. Com muitos jovens portugueses buscando oportunidades em outras partes da União Europeia, a contribuição dos imigrantes se torna ainda mais crucial.
Além dos brasileiros, imigrantes de outras nacionalidades, como indianos e nepalenses, também contribuíram significativamente. Juntas, essas cinco nacionalidades foram responsáveis por quase 56% de tudo que os trabalhadores estrangeiros injetaram na Previdência portuguesa. "É essencial legalizar os imigrantes para que possam contribuir formalmente para o país que escolheram viver", destaca Utsumi.