A Câmara dos Representantes, controlada pela oposição republicana, votou na madrugada deste sábado (19) um corte de US$ 61 bilhões no gasto público.
A decisão, adotada por 235 votos a 189, enfrentará agora um acirrado debate no Senado, onde o Partido Democrata do presidente Barack Obama possui maioria e há maior oposição aos cortes.
Congressistas descem as escadas da Câmara dos Representantes nesta sexta-feira (18) à noite.
As restrições aprovadas incluem a polêmica reforma do sistema público de saúde promovida por Obama e medidas para impedir que a Agência de Proteção Ambiental (EPA) regule indústrias que emitem gases causadores do efeito estufa. Além disso, limitam o papel do governo na educação.
Os democratas, que votaram unanimemente contra, não se conformam com o resultado da votação.
"Tirar recursos da reforma da saúde vai prejudicar milhares de pessoas que eu represento em Wisconsin", disse a representante democrata Tammy Baldwin.
Mas nem todas as propostas republicanas foram adiante, como a iniciativa para acabar com a contribuição anual de Washington às Nações Unidas, sugerida pelo representante Paul Broun - cujo argumento é que o dinheiro destinado à ONU é jogado "num buraco".
Os Estados Unidos são o maior contribuinte da organização, tendo aportado em 2010 US$ 2,5 milhões para a manutenção das forças de paz e orçamentos regulares.