Casal é condenado por negar tratamento a filho que morreu

A mãe e o padrasto do garoto são membros da Assembleia Geral e Igreja do Primeiro Nascido.

Brandi e Russel Bellew se recusaram a levar o filho com apendicite ao hospital por motivos religiosos. | Daily Mail/Reprodução
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Um casal que deixou o filho morrer sem tratamento médico por motivos religiosos foi condenado a cinco anos de liberdade condicional, em Creswell, no Estado americano de Oregon. Russel, 39 anos, e Brandi Bellew, 36 anos, fizeram um acordo com os promotores e se declararam culpados de homicídio criminalmente negligente para evitar a prisão. Austin Sprout, 16 anos, filho de Brandi e enteado de Russel, morreu em dezembro de 2011, uma semana após o rompimento do apêndice, depois que os pais se recusaram a levá-lo ao hospital.

A mãe e o padrasto do garoto são membros da Assembleia Geral e Igreja do Primeiro Nascido, em Pleasant Hill, que rejeita a medicina moderna e prega que fé e orações curam doenças. Segundo médicos, a apendicite, que é a inflamação do apêndice, geralmente provoca fortes dores abdominais, e na maioria dos casos o problema pode ser resolvido com uma cirurgia de remoção do órgão.

Porém, se não for tratado, o apêndice inflamado pode se romper e espalhar bile pelo corpo, o que pode resultar em perigosas infecções que muitas vezes levam o paciente à morte. O casal foi acusado de homicídio em segundo grau depois que as autoridades descobriram que a morte de Austin poderia ter sido evitada se os pais tivessem-no levado ao hospital.

Russel e Brandi Bellew, que têm outros seis filhos, terão que procurar um médico sempre que algum deles ficar doente por mais de um dia, segundo os termos da condicional. O pai biológico de Austin, Anthony, morreu em 2007 de septicemia após se recusar a procurar tratamento para um ferimento infeccionado na perna. A mãe do garoto, Brandi, mais tarde se casou com Russel Bellew, que também era viúvo.

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