Centro-direita se alia à esquerda em Portugal e isola o partido de extrema direita

A centro-direita e a esquerda fizeram um acordo para ocupar a presidência do Parlamento em turnos de dois anos.

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Os deputados de centro-direita e de esquerda do Parlamento de Portugal se uniram nesta quarta-feira (27) para eleger José Pedro Aguiar-Branco como presidente da Assembleia da República, deixando o partido de extrema direita, o Chega, de fora da disputa.

José Pedro Aguiar-Branco, representante da centro-direita, obteve 160 votos, enquanto o candidato do Chega, Rui Paulo Sousa, recebeu 50 votos dos parlamentares.

A centro-direita e o Partido Socialista, de esquerda, fizeram um acordo pelo qual a presidência do Parlamento será rotativa: ficará dois anos com Aguiar-Branco e, no fim desse prazo, ele vai renunciar para que um candidato dos socialistas seja eleito para o cargo. Aguiar-Branco foi eleito nesta quarta-feira na quarta votação entre os parlamentares.

Eleição geral

O Partido Social Democrata é um dos que formam a coalizão Aliança Democrática (AD), a vencedora das eleições gerais que aconteceram em 10 de março. O Partido Socialista ficou em segundo, com poucos votos atrás.

Em terceiro ficou o partido de extrema direita Chega, que quadruplicou sua representação parlamentar, refletindo uma inclinação política para o populismo de direita em toda a Europa. Somados, o PSD e os socialistas têm 156 assentos no Parlamento de 230 deputados, o suficiente para eleger um presidente da Casa.

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