O chefe do Hezbollah, Hassan Nasrallah, declarou nesta quinta-feira (19) que a série de explosões de pagers e "walkie-talkies" do grupo extremista representa uma declaração de guerra por parte de Israel, prometendo vingança.
Nasrallah responsabilizou o governo israelense, que ainda não se pronunciou sobre os incidentes, e reconheceu que as explosões foram um "golpe sem precedentes" para o Hezbollah, mas assegurou que isso não significará o fim do grupo.
Também nesta quinta, Israel começou a colocar em prática a nova ofensiva no norte do país, na fronteira com o Líbano, onde o Hezbollah atua. O Exército israelense atacou posições do grupo extremista, que revidou, matando dois soldados de Israel.
Em pronunciamento, Nasrallah afirmou estar pronto para uma ofensiva de Israel no sul do Líbano e disse que a operação seria uma "oportunidade histórica" para o Hezbollah. "Estamos em nosso território", afirmou.
O grupo extremista controla boa parte do sul do Líbano, embora não tenha nenhuma ligação formal com o governo do país.
"Recebemos um golpe severo, mas eu asseguro que nossa estrutura não foi afetada", declarou. "É verdade que, tecnologicamente, eles são muito inteligentes. Mas também são muito estúpidos, porque nunca conseguem alcançar seus objetivos".
O porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Matthew Miller, disse que "o país está comprometido a defender Israel contra terroristas como o Hezbollah e os outros grupos armados ligados ao Irã". No entanto, os EUA não querem uma maior escalada nos conflitos do Oriente Médio, segundo Miller.