O ciclone Yasi, um dos mais potentes a ameaçar a Austrália em um século, avançava nesta quinta-feira (3) pelo nordeste do país, provocando graves danos materiais, mas sem deixar vítimas.
Yasi, com categoria 5, a máxima, atingiu o país por volta de meia-noite. Rajadas de vento de até 290 km/h arrancaram telhados, derrubaram árvores e destruíram postes de energia elétrica.
A costa do estado de Queensland ficou sem energia.
Até o momento não há relatos de mortos ou feridos, segundo a primeira-ministra de Queensland, Anna Bligh, que se disse "aliviada" após as previsões alarmistas dos últimos dias. Mas ela acrescentou que é preciso aguardar as informações das cidades mais afetadas, de difícil acesso, para elaborar um balanço definitivo.
Um plano de retirada de milhares de pessoas e o leve desvio para o sul da trajetória do ciclone, que não passou sobre Cairns, explicam a ausência de vítimas, segundo as autoridades.
O governo, no entanto, pediu aos moradores que permaneçam nos abrigos, já que os ventos ainda são fortes, assim como as tempestades ao logo da costa. "Há um risco de rápida elevação das águas e de inundações, a energia elétrica está cortada e algumas áreas do estado se encontram na trajetória do ciclone", afirmou a primeira-ministra australiana, Julia Gillard.
O Yasi perdeu força ao avançar e foi rebaixado à categoria 2 na escala Saffir-Simpson. Os serviços de meteorologia advertiram que o Yasi era a primeira tempestade tropical de categoria 5 a passar por esta região desde 1918.
Para alertar a população, o governo local chegou a comparar o potencial destrutivo da tempestade ao furacão Katrina, que destruiu a cidade americana de Nova Orleans em 2005.