Confrontos após vitória chavista deixam pelo menos sete mortos e 61 feridos na Vezenuela

Maduro, anunciou que vai proibir a marcha da oposição convocada para amanhã em Caracas

Apoiadores do líder da oposição, Henrique Caprles, bloqueiam rua | Reuters
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A procuradora-geral da Venezuela, Luisa Ortega Díaz, informou nesta terça-feira que ao menos sete pessoas morreram e outras 61 ficaram feridas como resultado dos protestos e ações violentas de partidários da oposição que contestam a vitória chavista nas presidenciais de domingo.

Em declarações na TV, Ortega Díaz, alinhada ao governo, responsabilizou o governador de Miranda e candidato presidencial derrotado, Henrique Capriles, pelos distúrbios e disse que ele e colaboradores podem ser processados por incitação à violência.

O presidente da Assembleia, o chavista Diosdado Cabello, anunciou que pedirá abertura de investigação sobre as mortes. Ato seguido, o presidente Nicolás Maduro fez anúncio de teor semelhante em cadeia nacional de rádio e TV.

Maduro, anunciou que vai proibir a marcha da oposição convocada para amanhã em Caracas para exigir recontagem dos votos da eleição presidencial de domingo.

"Não vamos permitir que encham de morte o centro de Caracas", disse Maduro, em referência ao trajeto da manifestação que deveria se encerrar na sede do CNE (Conselho Nacional Eleitoral), no centro da capital.

"Venham me buscar. Estou esperando com o povo e com as Forças Armadas", afirmou o presidente, que acusou a oposição de lançar um golpe contra ele.

Pela primeira vez desde o auge da polarização política no país entre 2001 e 2005, um líder da oposição dobrou a aposta contra o governo prometendo mobilizar apoiadores nas ruas. Nesta segunda, Capriles anunciou que exige a recontagem de 100% dos votos das eleições de domingo e convocou série de protestos.

Os atos incluem um megapanelaço, realizado ontem, manifestações ante as sedes regionais da autoridade eleitoral nesta terça, e, amanhã, uma grande marcha até o CNE (Conselho Nacional Eleitoral) para formalizar a petição de revisão.

As manifestações, no entanto, não seguiram a rota traçada pelo candidato. Em alguns pontos de Caracas nesta segunda, incluindo uma das principais vias de circulação, manifestantes protestaram reclamando de "fraude" nos resultados. Houve confronto entre eles e a Guarda Nacional, que utilizou bombas de gás lacrimogêneo.

Em outros Estados, houve carros queimados e denúncia de que módulos de assistência médica básica do programa Barrio Adentro, no qual trabalham profissionais cubanos, teriam sido destruídos.

Capriles fez um apelo no Twitter: "Que ninguém caia em provocações. Essa luta é firme, mas pacífica. A nós nos interessa que reine a paz."

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