Após violentos incidentes ocorridos ao longo do fim de semana entre jovens locais e famílias de origem norte-africana, o prefeito de uma cidade na ilha francesa de Córsega decidiu proibir o uso do traje de banho islâmico conhecido como burquíni em suas praias.
Chefe do Poder Executivo de Sisco, comuna no departamento de Alta Córsega, Ange-Pierre Vivoni é o terceiro prefeito francês a proibir o uso do burquíni.
Em entrevista à rádio France-Info, Vivoni justificou que a proibição tem como objetivo amainar as tensões religiosas na cidade e proteger os muçulmanos, cada vez mais alvos de atos xenofóbicos por parte de locais, consequência dos ataques terroristas que vêm assolando a Europa ao longo do ano.
O Ministério do Interior da França confirmou que os confrontos ocorridos no fim de semana tiveram saldo de ao menos quatro pessoas feridas, além do registro de três casas incendiadas. Eles começaram depois que mulheres com burquínis chegaram à comuna.
Cannes e a cidade de Villeneuve-Loubet também proibiram recentemente o uso do traje de banho. Os críticos dizem que as proibições do burquíni são discriminatórias e podem agravar as tensões.