O número de feridos nos choques na noite desta sexta-feira (9), entre manifestantes e forças de segurança nos arredores da Embaixada de Israel no Cairo, no Egito, foi a 837, informou neste sábado (10) a agência de notícias estatal egípcia "Mena", que cita uma fonte do Ministério da Saúde.
Além dos feridos, agências internacionais de notícias informam que ao menos duas pessoas morreram. O embaixador de Israel deixou o Egito em um avião militar israelense com a família e funcionários da missão diplomática, depois que manifestantes invadiram o edifício, no Cairo. A aeronave que o transferiu aterrissou nas primeiras horas deste sábado em Israel.
A polícia disparou tiros para o ar e gás lacrimogêneo para dispersar a multidão. Os manifestantes atiraram pneus incendiados na rua e pelo menos dois veículos foram queimados perto da embaixada, localizada no piso superior de um bloco residencial com vista para o Nilo.
Segundo a agência de notícias estatal, o primeiro-ministro do país, Essam Sharaf, convocou um gabinete de emergência para discutir a situação.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, qualificou de "incidente sério" o assalto à Embaixada de seu país no Egito. "O ataque em massa à Embaixada de Israel no Egito é um incidente sério, mas poderia ter sido pior se os agitadores tivessem conseguido atravessar a última porta e ferir nossa gente", disse Netanyahu, segundo informa o meio eletrônico "Ynet". "Fico feliz que tenhamos conseguido impedir um desastre", acrescentou.
Os Estados Unidos, que despejaram bilhões de dólares em ajuda militar para o Egito desde que o país estabeleceu a paz com Israel em 1979, pediu ao Egito para proteger a embaixada depois que os manifestantes atiraram documentos e a bandeira israelense pelas janelas.
Desde a queda do ex-ditador egípcio Hosni Mubarak, que trabalhou de perto com os israelenses em seus 29 anos no poder, em fevereiro, os laços têm entre os dois países têm piorado.