Confrontos no Cairo deixam ao menos 7 mortos e 261 feridos, diz autoridade

O maior número de mortos foi registrado nos distúrbios na praça de Al-Nahda, junto à Universidade do Cairo

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Pelo menos sete pessoas morreram e 261 ficaram feridas nos confrontos ontem à noite durante os protestos de partidários do deposto presidente Mohammed Mursi, anunciou nesta terça-feira (16) o Ministério da Saúde, segundo a TV estatal egípcia.

O chefe do departamento de Terapia Intensiva do Ministério, Khaled al-Khatib, citado pelo canal, contou que os confrontos começaram ontem à noite e se estenderam até altas horas da madrugada, em vários pontos da capital.

O maior número de mortos foi registrado nos distúrbios na praça de Al-Nahda, junto à Universidade do Cairo, onde pelo menos quatro pessoas morreram e 114 ficaram feridas.

Na praça, aconteceram choques entre os manifestantes e moradores da região, informou a agência de notícias estatal "Mena".

Além disso, outras duas pessoas foram mortas e 134 ficaram feridas na praça Ramsés, próximo a uma estação de trem e na ponte de 6 de Outubro, uma das principais vias da capital, durante confrontos entre islamitas e a polícia, que tentou dispersar uma manifestação pró-Mursi.

Khatib acrescentou que duas ruas próximas à praça de Guiza também foram cenário de enfrentamentos em que uma pessoa pereceu e outras oito ficaram feridas.

Nessa região, uma manifestação de partidários do ex-presidente foi atacada por cidadãos e vendedores ambulantes, segundo a "Mena".

Em frente à praça de Rabea al Adauiya, no distrito de Cidade Nasser, onde os partidários de Mursi mantêm um acampamento de protesto, houve cinco feridos.

O porta-voz informou ainda que 137 feridos já receberam alta nos hospitais.

Enquanto isso, o exército intensificou sua presença na Cidade de Produção Audiovisual, no distrito de Seis de Outubro, para evitar que haja manifestações rumo ao local.

Dezenas de milhares de seguidores de Mursi saíram ontem à noite em várias manifestações para protestar contra sua derrocada.

Ontem se completou uma semana do massacre em frente à sede da Guarda Republicana, no qual morreram 51 pessoas em choques entre islamitas e membros das Forças Armadas.

Mursi foi deposto pelo exército no dia 3, três dias depois dos grandes protestos que reivindicavam eleições antecipadas.

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