Cristina Kirchner diz a padre que “continuará lutando”

Governante argentina estava ao lado do marido e ex-presidente quando ele morreu

Kirchner transfere o poder a Cristina em 2007 | Reuters
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A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, disse que continuará lutando depois da morte do marido, o ex-mandatário Néstor Kirchner (2003 -2007), nesta quarta-feira (27). A afirmação foi feita ao padre que esteve ao seu lado, na casa da família em El Calafate, na Província de Santa Cruz, na região da Patagônia, ao sul do país.

O sacerdote católico Carlos Alvarez foi ouvido pela rádio LU-23 ao deixar a residência.

O corpo de Kirchner, líder do peronismo que morreu de uma crise cardíaca aos 60 anos, será transferido a Buenos Aires. O velório será realizado na Casa Rosada, a sede do governo. O enterro será na sua cidade natal, Río Gallegos, em Santa Cruz.

O padre Alvarez disse que a presidente Cristina demonstrou "muita força e valentia".

O mandato de Cristina acaba em dezembro de 2011, e o marido era o mais provável candidato para sucedê-la.

Cristina esteve ao lado do marido até o fim

A presidente Cristina esteve ao lado do marido na hora de sua morte. Ela o acompanhou até o hospital de El Calafate, na Província de Santa Cruz, onde Kirchner foi internado em caráter de urgência.

Pouco após a morte, que tumultuou o cenário político local, foram avisados os dois filhos do casal.

Por volta de 10h15 (11h15 em Brasília), o corpo de Kirchner foi levado em uma ambulância à residência da família.

Máximo, filho mais velho, de 32 anos, estava na cidade de Río Gallegos e viajou rapidamente a El Calafate. Já Florencia, de 19 anos, vive nos Estados Unidos, onde estuda, e ainda é esperada na Argentina.

O relacionamento entre Kirchner e Cristina começou quando os dois eram jovens e estudavam direito na Universidade de La Plata.

Kirchner, que governou o país de 2003 a 2007, sofria de problemas cardíacos havia algum tempo. Apenas em 2010, ele foi duas vezes submetido a cirurgias de urgência. Hoje, além de deputado no país, o ex-chefe de governo exercia também o posto de secretário-geral da União das Nações Sul-Americanas (Unasul).

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