Cúpula militar brasileira prevê que Nicolás Maduro invadirá Guiana pelo mar

Segundo militares brasileiros, invasão da Guiana pela Venezuela por via terrestre seria bem mais difícil e demandaria ajuda do Brasil

Presidente venezuaelano Nicolás Maduro | Matias Delacroix/AP
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A cúpula militar brasileira está atenta a possíveis movimentações da Venezuela na disputada região do Essequibo, acreditando que uma invasão por via marítima pode ser mais provável do que uma incursão terrestre. Essa área, que representa mais de 70% do território da Guiana, tem sido alvo de especulações por parte de militares brasileiros de alta patente.

A análise estratégica indica que a fronteira entre Venezuela e Guiana, majoritariamente composta por selva, tornaria a invasão por terra uma empreitada árdua para as Forças Armadas venezuelanas. O deslocamento de veículos blindados e tropas do ditador Nicolás Maduro seria consideravelmente dificultado nesse terreno desafiador.

Diante dessa dificuldade, a alternativa se concentraria na fronteira da Guiana com o Brasil, onde a vegetação é menos densa. No entanto, surge uma segunda complicação para Maduro, uma vez que o governo brasileiro, sob a liderança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), já indicou sua oposição à passagem de militares venezuelanos por essa rota, localizada no estado de Roraima. A manifestação de resistência foi simbolizada pelo envio de veículos blindados do Exército brasileiro para a região após o referendo conduzido por Maduro para a anexação do Essequibo.

Neste cenário, membros do Ministério da Defesa brasileiro observam que a opção mais viável para Maduro seria uma invasão pela via marítima, navegando pelo Oceano Atlântico. No entanto, há a crença entre os militares brasileiros de que os Estados Unidos e a Inglaterra, potências globais, interviriam para evitar a anexação da Guiana pela Venezuela.

Em resposta à crescente tensão na região, o presidente Lula convocou uma reunião com o ministro da Defesa, José Múcio, agendada para sexta-feira (8/12) em Brasília. O encontro, marcado diante da escalada dos acontecimentos, sucede conversas telefônicas entre Lula e Múcio durante a recente viagem internacional do presidente pelo Oriente Médio e Alemanha.

Antes da reunião com o ministro da Defesa, Lula planeja discutir a situação com o chanceler brasileiro, Mauro Vieira, e com o ex-chanceler Celso Amorim, atual chefe da assessoria internacional do presidente no Palácio do Planalto. O Brasil busca articular uma postura assertiva diante das possíveis ameaças à estabilidade na região.

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