A espanhola-mexicana Estibaliz Carranza, acusada de ter matado dois homens e ter cortado seus corpos em pedaços, foi condenada nesta quinta-feira por um tribunal de Viena à prisão perpétua em um estabelecimento psiquiátrico.
Dona de uma sorveteria na capital austríaca, Carranza foi apelidade de "Dama de Gelo" pela mídia e declarada culpada de esquartejar o ex-marido e o amante e de esconder os corpos em um porão. Ela admitiu os crimes no início do julgamento, na segunda.
Estibaliz foi considerada culpada de matar o ex-marido com um tiro na cabeça em 2008 e de matar o amante dois anos depois enquanto ele dormia.
Hoje com 34 anos, a mulher contou no tribunal como teria cortado os corpos e os escondido com concreto no porão da sorveteria depois de congelá-los. Ela contou que desmembrou o corpo do ex-marido com uma serra elétrica.
A promotoria a descreveu como uma mulher perigosa e de sangue frio, que planejou os dois crimes. Mas a defesa alegou que ela sofria abusos e era tiranizada pelos dois homens. Carranza alega que o ex-marido gritava com ela e ironizava sua falta de fluência em alemão e que o amante era infiel.
Uma avaliação psiquiátrica indicou que Carranza sofria de uma desordem de personalidade, além de sérias anormalidades mentais e psicológicas. O caso foi descoberto por acaso no ano passado, quando pedreiros que trabalhavam no local encontraram ossos e outros pedaços de corpos no porão da sorveteria.
Estibaliz Carranza fugiu então em um táxi para a Itália, onde foi presa e extraditada para a Áustria. A mulher foi defendida pelo advogado Rudolf Mayer, que se tornou conhecido no país por defender também Joseph Fritzl , preso em 2008 por manter uma relação incestuosa com a filha, que manteve em cativeiro em um porão de sua casa por 24 anos.