
O governo de Donald Trump segue com sua política de redução do quadro de funcionários públicos, impactando diretamente o atendimento à população. Nos últimos dez dias, segundo matéria do Jornal Nacional, o site usado por milhões de americanos para gerenciar aposentadorias e benefícios saiu do ar quatro vezes devido à sobrecarga de acessos. O aumento da demanda ocorreu após o corte de 12% dos servidores da seguridade social, resultando também em filas mais longas nos atendimentos presenciais.
Departamento de saúde
Nesta quinta (27), o Departamento de Saúde foi o novo alvo dos cortes. O secretário Robert Kennedy Jr. anunciou a demissão de 20 mil funcionários, reduzindo o quadro de 82 mil para 62 mil servidores. Segundo ele, a medida busca eliminar cargos administrativos e melhorar a eficiência dos serviços. No entanto, o departamento é responsável por programas de assistência médica, fiscalização de alimentos, remédios e vacinas, o que levanta preocupações sobre a qualidade do atendimento.
Centro de Controle
Entre os cortes, 2,4 mil funcionários do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) perderam seus empregos. O órgão teve papel fundamental durante a pandemia da Covid-19 e é uma referência em saúde pública. De acordo com a Casa Branca, a redução do quadro na área da saúde deve gerar uma economia de quase US$ 2 bilhões anuais, mas especialistas alertam para os riscos da diminuição da capacidade de resposta a emergências sanitárias.
Transtornos
As demissões em massa vêm causando dificuldades operacionais no governo. Em fevereiro, quase 200 funcionários do setor de montagem de armas nucleares foram dispensados e, posteriormente, recontratados por serem essenciais. Situação semelhante ocorreu no Departamento de Agricultura, que, em meio a um surto de gripe aviária, demitiu e depois precisou readmitir agentes encarregados da contenção do vírus.
Falhas
Os cortes fazem parte de um plano encomendado por Trump ao bilionário Elon Musk, que lidera a reestruturação do setor público. No entanto, a rapidez das demissões vem gerando falhas nos serviços e prejudicando a população. Para muitos cidadãos, áreas essenciais, como seguridade social e saúde, não deveriam ser alvo de cortes tão drásticos. (Fonte: informações do JN)