Legisladores da Câmara de Deputados dos Estados Unidos estão programados para votar nesta quarta-feira, 1º de novembro, no processo de expulsão de George Santos, político de origem brasileira e membro do Partido Republicano, que atualmente controla a Casa. Se ele for expulso, o partido poderá estar mais próximo de perder a maioria de seus assentos.
Ao longo da história norte-americana, somente cinco deputados cehgaram a ser expulsos por companheiros da Câmara, sendo que três deles perderam seus mandatos por terem combatido os EUA durante a Guerra Civil do país, que ocorreu entre 1861 e 1865. No caso de expulsão de Santos, ele será o primeiro a deixar a Câmara antes mesmo de uma condenação judicial. Até o momento, ele foi acusado, mas ainda não recebeu uma decisão definitiva da Justiça.
George Santos enfrenta uma série de acusações que incluem lavagem de dinheiro para uso pessoal de fundos de campanha, alegações de recebimento ilegal de dinheiro de seguro-desemprego e cobrança indevida no cartão de crédito de doadores de campanha sem o devido consentimento. Santos alega inocência. Este é o segundo processo criminal que enfrenta nos EUA, sendo que, em maio, ele foi acusado de fraude e lavagem de dinheiro. Para evitar a prisão durante o processo, pagou uma fiança de US$ 500 mil.
Na Câmara de Deputados, Anthony D'Esposito, um colega de partido de Santos, apresentou recentemente uma proposta para expulsar o deputado do Congresso. D'Esposito argumentou que George Santos não está apto a servir aos seus eleitores como deputado dos Estados Unidos.
A medida para a expulsão de Santos, que diz ser inocente, requer o apoio de pelo menos dois terços dos deputados, o que equivale a 290 votos. Deputados do Partido Democrata têm instado repetidamente a expulsão de Santos, e mais de dez republicanos também se manifestaram a favor da medida.
George Santos, filho de brasileiros, foi eleito para representar um distrito que inclui partes da cidade de Nova York e seus subúrbios. Os escândalos em torno de sua conduta começaram logo após sua eleição, em novembro de 2022, quando enfrentou alegações de falsificação significativa em seu currículo e, posteriormente, as acusações criminais que agora ameaçam seu mandato na Câmara de Deputados.