Despejada aos 101 anos, mulher não pode voltar para casa

Texana Hollis teve que deixar a casa em que viveu 60 anos devido a dívidas

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Uma mulher de 101 anos que foi despejada de sua casa em Detroit, nos Estados Unidos, não pode voltar para seu antigo lar devido à situação de insegurança e sanitária do edifício, segundo autoridades dos EUA.

Texana Hollis foi despejada no dia 12 de setembro do ano passado e seus pertences foram retirados após o filho dela, de 65 anos, não ter pagado impostos sobre a propriedade e uma hipoteca do Departamento de Habitação e Desenvolvimento Urbano, que fechou o imóvel.

Dois dias depois, o órgão público informou que a mulher poderia voltar, mas em seguida avaliou que a idosa não poderia ocupar o imóvel onde viveu por 60 anos, que estaria condenado.

?Aqui estou eu, 100 anos e sem um lugar para morar?, lamentou Hollis.

Um porta-voz do Departamento de Habitação, Brian Sullivan, disse ao jornal local ?The Detroit News? que uma inspeção determinou que a casa ?está completamente inapropriada para uma pessoa morar?.

?Não podemos permitir que alguém viva ali, agora que somos os responsáveis por aquela propriedade?, disse. ?A casa não é segura e nem tem condições sanitárias. Não é apropriada para ninguém viver, principalmente uma mulher de 101 anos.?

O órgão público não pode pagar pela recuperação do imóvel, mas segundo o porta-voz está em contato com outras agências que possam ajudar com o trabalho para trazer Hollis de volta para casa.

?Estamos falando com qualquer um que possa dar uma solução para esta situação, mas as condições do imóvel são um desafio?, disse.

Após saber do despejo de sua amiga de longa data, a vizinha Pollian Cheeks, 68, ofereceu a Hollis um quarto na casa dela. A idosa, que já foi professora da vizinha numa escola ligada à Igreja Luterana St. Philip, aceitou o convite e está desde então aguardando uma solução na casa da ex-aluna.

?Polly é tão boa quanto possível comigo. É como viver em minha casa, mas não é minha casa?, diz Hollis.

O filho dela, hipotecou o imóvel no valor pelo qual foi avaliado, de US$ 32 mil, uma opção que é permitida a idosos pelo Departamento de Habitação.

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